A Black Friday vale a pena para o seu negócio? Descubra aqui
A Black Friday continua ocupando um espaço importante no calendário de vendas global.
Em 2024, o varejo digital brasileiro registrou mais de R$ 7 bilhões nas primeiras 24 horas do evento, segundo dados da Neotrust, empresa de dados e inteligência sobre o varejo digital. O comportamento do consumidor acompanha essa escalada: de acordo com a McKinsey (2023), mais de 70% das pessoas entrevistadas afirmam guardar parte do orçamento anual justamente para aproveitar promoções de Black Friday.
Mesmo com números impressionantes, a realidade não se mostra tão simples para quem empreende. Nem todo negócio apresenta estrutura, margem ou posicionamento ideais para participar. Cada modelo opera dentro de contextos diferentes, com desafios variados no estoque, na logística, no fluxo de caixa e na percepção de marca.
Empresários, gestores e criadores de conteúdo passam meses avaliando se a black friday faz sentido dentro da estratégia maior do negócio.
O entusiasmo inicial dá lugar a perguntas importantes: a operação aguenta? A margem sustenta? A marca se beneficia ou perde força?
Montamos um conteúdo para te ajudar a responder todas essas perguntas e tomar uma decisão consciente sobre participar ou não da Black Friday.
Black Friday
O que é a Black Friday?
A Black Friday representa um dos maiores eventos de consumo do mundo. A Black Friday funciona como uma espécie de catalisador do varejo, atraindo novos clientes e aumentando o tráfego de pessoas em sites e lojas físicas através da ofertas de produtos com descontos expressivos e os menores preços do ano.
No entanto, junto a todos esses benefícios, o empreendedor tem que lidar com a grande competição publicitária, a disputa por atenção e as práticas desleais entre os concorrentes.
O que mais chama atenção em torno da Black Friday para negócios é a dinâmica intensa que ela cria: demanda aumenta, intenção de compra sobe e a sensibilidade a preços se intensifica.
Quem empreende analisa o cenário tentando entender se a empresa consegue se posicionar durante a Black Friday sem perder margem ou prejudicar a experiência do cliente.
Empresas de diferentes tamanhos usam o período para atrair novos clientes, aumentar suas vendas, lançar novos produtos e limpar o estoque de produtos encalhados no estoque.
Qual a origem da Black Friday?
A Black Friday nasceu nos Estados Unidos, associado ao movimento pós-Ação de Graças, quando o fluxo de consumidores nas ruas criava verdadeiro caos urbano.
Os policiais da Filadélfia usavam o termo “Black Friday” para descrever o trânsito pesado, algo registrado em reportagens da década de 1960 (Philadelphia Inquirer, 1961).
Décadas depois, varejistas passaram a transformar o dia em um grande festival de ofertas e descontos.
O que começou como um nome usado para relatar confusão acabou virando símbolo global de consumo. A expansão digital acelerou ainda mais o fenômeno, com marketplaces e e-commerce impulsionando o formato para centenas de países.
Quando o Brasil adotou o evento, grandes marcas dominaram o cenário, mas logo pequenos empreendedores perceberam que podiam disputar espaço desde que construíssem estratégias sólidas. A internet democratizou o jogo, mas também elevou o nível de exigência para participar.
Quando é a Black Friday em 2025?
A Black Friday 2025 acontece no dia 28 de novembro. Essa data influencia toda a preparação dos negócios. Empreendedores ajustam calendários com meses de antecedência para entender ciclos de reposição, ações de marketing e capacidade operacional.
Cyber Monday: oportunidade para empresas de tecnologia
O termo “Cyber Monday” acompanha qualquer discussão sobre Black Friday para negócios.
Ele se refere à primeira segunda-feira após o evento, quando marcas focadas em tecnologia, softwares, assinaturas e serviços digitais concentram suas ofertas.
Empresas SaaS, empreendedores digitais e criadores de conteúdo costumam aproveitar essa data. O consumidor já está atento ao clima promocional, e o apelo digital facilita o processo de compra. Plataformas de assinatura, cursos online, apps de produtividade e serviços de marketing entram na disputa.
Essa extensão da Black Friday para um ambiente mais digital criou um segundo momento anual relevante para vendas no setor de tecnologia.
Quem trabalha com tecnologia observa o comportamento do público na sexta-feira para ajustar campanhas e condições para a segunda-feira, ampliando as chances de conversão.
Black Friday 2025
Qual a expectativa do mercado para a Black Friday 2025?
Especialistas de diversas áreas estão com projeções positivas para a Black Friday 2025, especialmente por conta da retomada gradual do consumo e do crescimento do e-commerce.
Segundo a Neotrust, o e-commerce brasileiro deve crescer 17% no período de 26 a 30 de novembro, atingindo um faturamento estimado de R$ 11 bilhões.
Já a ABIACOM (Associação Brasileira de Inteligência Artificial e E-commerce) projeta até R$ 13,34 bilhões em vendas, o que representaria um aumento de 14,7% sobre os R$ 11,63 bilhões registrados em 2024. A ABIACOM ainda estima que haverá 16,5 milhões de pedidos, com ticket médio subindo de R$ 738 em 2024 para R$ 808,50 em 2025.
Categorias como saúde, esporte, lazer, automotivo e beleza devem puxar forte crescimento, especialmente porque alguns públicos já começaram a monitorar preços com antecedência. Dados do Google Trends já mostram aumento de buscas relacionadas à Black Friday desde o início de 2025, impulsionando discussões sobre empreendedorismo e estratégias de varejo..
Outras consultorias apontam para um crescimento moderado, mas consistente. O varejo online tende a expandir sua participação, enquanto lojas físicas estudam modelos híbridos para fortalecer experiências presenciais. A percepção de que o consumidor está mais crítico e atento à credibilidade das ofertas também orienta decisões estratégicas.
Para empreendedores menores, a expectativa envolve prever se o público pode responder bem a ações mais enxutas e personalizadas. A busca por exclusividade cresce, o que abre espaço para marcas autorais, artistas e criadores que conseguem entregar autenticidade mesmo em datas comerciais.
Qual a expectativa para a Black Friday em 2025 no Brasil?
No Brasil, a Black Friday 2025 tende a consolidar seu papel não apenas como data promocional, mas também como alavanca para pequenos negócios.
Segundo o Sebrae-SP, cerca de 68 mil pequenas empresas devem se beneficiar com o movimento desse período — sendo 36,7 mil micro e pequenas empresas e 31,4 mil MEIs.
Os consumidores paulista, segundo o mesmo levantamento, também mostram comportamento mais planejado: 47% deles afirmam começar a pesquisar seus produtos entre um a três meses antes da Black Friday. Além disso, 58% desses consumidores dizem que pretendem gastar mais em pequenas empresas na Black Friday 2025 do que no ano anterior, e estimam um ticket médio de R$ 1.639,60.
Quais negócios devem participar da Black Friday?
E-commerce consolidado do varejo
Lojas online com margens saudáveis, logística estruturada e bom controle de estoque costumam capturar resultados expressivos. Um e-commerce de moda, por exemplo, usa o evento para girar coleções de meia estação, limpar o estoque antes do Natal e atrair clientes que pesquisam presentes. Esse movimento ajuda a equilibrar o caixa e manter giro constante até o fim do ano.
Marketplace ou lojistas multicanais
Empresas que operam em múltiplos canais conseguem multiplicar a participação na Black Friday. Uma marca presente em Mercado Livre, Shopee e e-commerce próprio, por exemplo, pode diversificar vantagens por canal: cupons em marketplace, kits especiais no site e combos exclusivos para seguidores das redes sociais. O efeito cruzado aumenta a descoberta e ajuda a equilibrar custos entre plataformas.
Lojas físicas locais
Negócios físicos seguem fortes na Black Friday — e os dados mostram isso. A Serasa Experian registrou crescimento de 18,7% nas vendas do varejo físico na semana da Black Friday 2024 e 23,9% somente no final de semana.
Negócios B2B
Consultorias, agências, SaaS e prestadores de serviço B2B conseguem transformar a Black Friday em oportunidade de aquisição e recorrência. Uma agência de branding pode criar pacotes estratégicos anuais com preço especial para novos clientes, enquanto um SaaS pode usar a data para vender upgrades ou planos anuais com condições diferenciadas. A lógica aqui não é desconto agressivo — é aumentar a base e incentivar compromissos de longo prazo.
Negócios de print on demand
O modelo de print on demand (POD) vive um momento especialmente favorável na Black Friday — tanto para captar novos clientes quanto para estimular recompras. Como o sistema não depende de estoque físico, criadores e marcas conseguem testar produtos, lançar coleções temáticas e ajustar preços com muito mais flexibilidade que o varejo tradicional.
Marcas de POD que vendem camisetas, posters, canecas ou produtos personalizados conseguem se beneficiar de três formas.
A primeira envolve aquisição: a Black Friday gera picos de pesquisa relacionados a presentes, e o custo reduzido de operação do POD permite criar promoções estratégicas sem comprometer a estrutura. A segunda forma é a recompra: clientes antigos tendem a voltar quando encontram novas coleções temáticas, colaborações com artistas ou combos promocionais. A terceira está na expansão de catálogo: lançamentos sazonais para a data — como artes exclusivas inspiradas em cultura pop, nostalgia ou lifestyle — atraem tanto fãs recorrentes quanto novos compradores.
Como o risco é baixo e a variedade de produtos é alta, negócios de print on demand se tornam ótimos candidatos para campanhas com cupons moderados, kits com desconto leve ou frete grátis progressivo. A estratégia funciona ainda melhor quando combinada com storytelling e comunidade, porque cria um senso de pertencimento e faz o cliente enxergar valor além do preço.
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Negócios sazonais
Empresas com alta dependência de períodos específicos do ano conseguem usar a Black Friday para antecipar a demanda. Um negócio de artigos para festas, por exemplo, pode lançar kits de decoração natalina com desconto para compras imediatas, impulsionando caixa antes do pico de dezembro. Essa antecipação suaviza gargalos e melhora previsibilidade.
Criadores de conteúdo ou artistas
Artistas independentes que vendem prints, quadros, coleções autorais ou produtos físicos têm espaço na data, desde que cuidem da percepção de valor. Ofertas moderadas — como 20% de desconto combinado com frete grátis ou brindes — costumam funcionar sem desvalorizar o trabalho. Criadores com comunidades ativas ainda aproveitam a data para atrair novos fãs e movimentar seguidores antigos que aguardam esse tipo de oportunidade.
Como descobrir se meu negócio deve fazer uma Black Friday?
A decisão sobre participar da Black Friday nasce da análise de três pilares: estrutura, financeiro e estratégia de marca.
A) Estrutura
A estrutura dá o primeiro sinal, porque uma promoção só funciona quando a operação sustenta o volume de vendas. Marcas de cosméticos artesanais, por exemplo, verificam se conseguem produzir, embalar e despachar grandes quantidades sem perder qualidade. Negócios que enviam para fora do país checam maturação de estoque, riscos de atraso e custos logísticos extras.
Ou seja, os processos internos do negócios na área de produção, embalamento e logística devem estar alinhados e com processos em pleno funcionamento, permitindo assim um aumento de escala com a Black Friday.
A atenção ao atendimento também entra na conta, já que SAC, trocas e dúvidas pós-compra aumentam bastante.
B) Financeiro
No pilar financeiro, o foco recai sobre a viabilidade.
O empreendedor deve calcular quantos pedidos extras precisa para compensar o desconto, deve revisar a margem de contribuição de cada item e calcular o impacto do aumento no custo com publicidade marketing, já que anúncios ficam mais caros durante o período da Black Friday.
A empresa avalia ainda se está preparada para a queda de demanda do mês seguinte, que costuma pressionar o fluxo de caixa.
Quando o negócio não sustenta esse movimento, a Black Friday tende a criar mais risco que oportunidade.
C) Estratégia de marca
Na parte estratégica, o olhar se volta para a percepção de construção de marca e branding.
Grifes de moda e marcas premium medem o risco de desvalorização ao oferecer descontos intensos, enquanto criadores de conteúdo e artistas enxergam o evento como chance de se aproximar da comunidade com ofertas exclusivas.
Pesquisas da Nuvemshop, plataforma brasileira de construção de e-commerces, indicam que 59% dos empreendedores pretendem usar descontos e 56% planejam cupons, mas muitos preferem kits, brindes ou frete grátis para criar valor sem comprometer tanto a margem.
Casos reais ajudam a visualizar as decisões. Em 2024, supermercados e hipermercados cresceram 26,2% e drogarias 21,7% no varejo físico segundo a Cielo, mostrando que setores de alto giro conseguem aproveitar bem o período quando garantem estoque e logística.
Moda e vestuário subiram 18,2% e podem usar a data para escoar coleções antigas ou lançar cápsulas promocionais, mantendo cuidado para não desvalorizar lançamentos futuros.
Para pequenos e médios negócios digitais, a Nuvemshop indica que 60% consideram a Black Friday fundamental no faturamento anual, recorrendo a cupons e kits para preservar margem.
Já marketplaces seguem em expansão: dados da Linx, empresa de software especializada em varejo, mostram que as vendas cresceram 12% na primeira semana de novembro de 2025 frente ao mesmo período de 2024, sinalizando que a “Black November” atrai públicos diferentes ao longo do mês.
Quais cálculos devo fazer para descobrir se meu negócio pode fazer uma Black Friday?
A análise financeira da Black Friday costuma começar pela margem de contribuição.
A) Margem de contribuição
O empreendedor calcula preço de venda menos custo variável para entender quanto realmente ganha por unidade. Quando essa margem é curta, o espaço para desconto quase desaparece.
A partir dela, surge o ponto de equilíbrio, que mostra quantas unidades precisam ser vendidas para cobrir todos os custos fixos — um cálculo que ajuda a enxergar se vale aumentar volume durante a promoção ou se o esforço gera risco.
B) Desconto máximo sustentável
Outro número essencial é o desconto máximo sustentável.
Em um produto de R$100 com custo variável de R$40, a margem fica em R$60. Se o preço diminui para R$70, a margem cai para R$30 — metade do retorno desaparece. Esse tipo de simulação evita descontos agressivos que corroem o caixa.
A elasticidade da demanda aparece como complemento, porque cada setor reage de um jeito: alguns produtos vendem bem com cortes leves, enquanto outros só ganham tração quando o desconto é maior.
Negócios que revisam campanhas passadas conseguem identificar esses padrões com mais precisão.
C) Cálculos com logística
Quando uma empresa decide entrar na Black Friday, a conta logística costuma revelar a primeira camada de realidade. O fluxo aumenta, o ritmo acelera e qualquer descuido vira gargalo rápido.
O ideal é mapear o custo real por pedido: embalagem, frete, manuseio, velocidade de envio e possíveis reajustes das transportadoras durante o período.
Outro ponto envolve o risco de atraso. Se a operação costuma trabalhar no limite, o empreendedor precisa prever um colchão financeiro para lidar com pedidos urgentes, reenvios ou rotas alternativas.
O cálculo mais sensato nasce do cruzamento entre capacidade, custo variável por volume e impacto de uma alta repentina.
D) Cálculos com equipes e funcionários extras
A Black Friday coloca pressão direta sobre atendimento, separação de pedidos, pós-venda e suporte.
Sendo assim, o empreendedor deve levar em conta o uso de contratações temporárias para dar conta do volume de atividades que surgem com a Black Friday. A equação fica mais clara quando se analisa três fatores:
- Horas extras necessárias, considerando picos nos dias que antecedem o evento e nas primeiras 72h pós-promoção.
- Reforço temporário, que pode compensar mais do que sobrecarregar uma equipe fixa.
- Treinamento rápido, que tem custo, mas evita erros que custam ainda mais.
Esses cálculos ajudam o negócio a entender o limite real de operação e evitar promessas que não consegue cumprir.
E) Investimentos em publicidade, marketing e anúncios
O cálculo do custo com publicidade e marketing fecha o quadro financeiro.
Lojistas monitoram CPC, taxa de conversão e CPA, já que novembro costuma encarecer anúncios.
Quando o custo para adquirir um cliente supera a margem, a Black Friday vira prejuízo garantido.
A conta não envolve só “colocar dinheiro em anúncio”; passa por estimar quanto custa aparecer para quem já compra e para quem nunca ouviu falar da marca. O ideal é separar o orçamento em três frentes:
- Aquisição: focada em atrair novos clientes no período de maior disputa;
- Retenção: usando mídia mais barata para impactar quem já interagiu com a marca;
- Conversão: ajustando campanhas em tempo real conforme as ofertas performam.
O investimento faz mais sentido quando o empreendedor cruza ROI esperado, CAC histórico e meta de caixa. Quando esses números se alinham, a Black Friday deixa de ser aposta e vira estratégia.
Como descobrir se sua empresa está pronta para fazer uma Black Friday?
A preparação real começa quando o empreendedor entende que a Black Friday não funciona como um “evento de sorte” ou como a “hora de dar desconto adoidado”, e sim como um teste de maturidade operacional.
Algumas empresas já nascem prontas para lidar com demanda alta; outras precisam validar cada etapa para não tropeçar no próprio entusiasmo.
Uma operação preparada costuma conhecer bem o estoque, prever o impacto de tráfego, saber o valor necessário para investir em marketing, calcular margem com segurança e ter equipe suficiente para atender sem caos. Tudo se resume a responder uma pergunta simples: “Se o volume dobrar amanhã, a estrutura aguenta sem derrubar a qualidade?”.
Outro sinal importante surge nas prévias. Quando a marca faz pequenos aquecimentos — cupons isolados, campanhas curtas, ações segmentadas — e tudo flui sem gargalo, a chance de encarar a Black Friday com solidez aumenta bastante.
Esse conjunto de testes revela mais sobre prontidão do que qualquer expectativa otimista.
Como não ter prejuízo com a Black Friday?
Evitar prejuízos com a Black Friday exige um olhar analítico e uma disciplina quase cirúrgica. A empresa precisa saber quanto ganha de verdade em cada venda, considerando produto, operação, taxas, impostos, devoluções e o custo de adquirir aquele cliente.
Quando esse número está claro, fica mais simples definir até onde o desconto pode ir sem machucar o caixa.
O caminho seguro aparece quando a empresa cria valor ao redor do produto: kits, curadoria, bundles inteligentes, brindes baratos com alta percepção, frete inteligente, ou valores especiais para clientes da base. Essas estratégias deixam a oferta chamativa sem corroer margem.
Monitoramento constante salva o lucro: olhar performance em tempo real, ajustar verba, pausar campanhas ineficientes e revisar ofertas durante o evento faz diferença enorme no resultado final.
Como lucrar com a Black Friday?
Gerar lucro na Black Friday não significa oferecer o maior desconto possível, e sim transformar o pico de atenção do consumidor em um movimento estratégico.
A Black Friday funciona como uma lente de aumento: ela amplifica o que a marca já faz bem e expõe o que estava frágil.
Quando o empreendedor enxerga a Black Friday como uma oportunidade de adquirir clientes, aumentar faturamento, criar relacionamentos e fortalecer identidade, o lucro passa a ser consequência — não objetivo isolado.
O segredo está em construir um plano que combine matemática, narrativa e experiência.
A seguir, listamos as principais formas que a sua empresa pode lucrar com a Black Friday:
Construindo o branding do seu negócio
Quando a marca enxerga a Black Friday como algo maior do que um dia de descontos, ela transforma o evento em uma vitrine de personalidade, em uma ação de construção de branding.
A Black Friday se torna um palco perfeito para contar histórias: mostrar bastidores, trazer personagens reais, apresentar o time, explicar escolhas de produto e convidar o público para participar da narrativa. A marca que expressa propósito nessa hora — mesmo em campanhas curtas, posts rápidos ou anúncios diretos — cria um laço emocional difícil de romper.
A coerência visual e verbal também ganha força. Uma identidade visual bem aplicada durante o período, aliada a um tom de voz nítido, faz o cliente reconhecer a marca em segundos, mesmo em meio ao bombardeio de ofertas do mercado.
A experiência completa — da primeira impressão até o pós-venda — reforça o posicionamento sem esforço aparente.
Quando o cliente percebe sintonia entre discurso, produto, atendimento e comportamento da marca durante a campanha, nasce uma confiança que não depende de promoção.
Esse tipo de credibilidade acompanha a empresa por meses, influência recomendações espontâneas e dá base para lançamentos futuros. A Black Friday, nesse cenário, deixa de ser só uma estratégia comercial e passa a ser um capítulo importante na construção de branding e reputação.
Adquirindo novos clientes
A Black Friday serve como porta de entrada perfeita para quem ainda não conhecia sua empresa. Ofertas iniciais, produtos de fácil conversão e campanhas segmentadas apresentam o negócio ao público certo.
Quando a primeira experiência é leve — entrega rápida, atendimento próximo, comunicação clara — o cliente retorna por vontade, e não por impulso momentâneo.
Aumentando o número de vendas
O aumento de volume de vendas nasce de uma combinação de preço inteligente e oferta bem estruturada.
Trabalhar quantidades limitadas, vantagens temporárias e condições específicas para quem já estava na base aquece ainda mais o movimento.
Fidelizando os clientes adquiridos na Black Friday
A real vitória da Black Friday aparece quando o cliente volta depois do evento.
Um pós-venda presente, pequenos benefícios para quem comprou no período, conteúdo útil e uma cadência bem pensada ajudam a transformar o comprador da Black Friday em cliente recorrente.
Esse relacionamento contínuo aumenta o LTV (Life Time Value) e faz a campanha valer mais do que o lucro imediato.
Aumentando o reconhecimento da marca
A Black Friday cria uma maratona de atenção — e quem se posiciona com criatividade ganha cenário privilegiado.
Conteúdos que mostram bastidores, posts educativos, narrativas divertidas e uma identidade visual coerente deixam a marca presente na mente dos consumidores, mesmo daqueles que não compram na hora.
Esse ganho de visibilidade costuma impactar o restante do ano: mais seguidores, mais buscas diretas, mais memória de marca.
Se destacando dos concorrentes no período
Enquanto a maioria trava guerra de preços, marcas mais inteligentes se diferenciam por experiência e personalidade.
Uma página especial criativa, uma campanha com humor característico, uma ação surpresa para quem já acompanha a marca ou até mecânicas gamificadas colocam a empresa em outro patamar.
Consumidores lembram mais da marca que marcou presença com autenticidade do que daquela que fez “mínimo 50% de desconto” sem contexto.
Como se preparar para a Black Friday?
A preparação para a Black Friday começa muito antes das promoções. Ela nasce da análise de estoque, da revisão de margem, da organização de campanhas e do estudo de comportamento do público.
Marcas que chegam em novembro com o planejamento pronto costumam ter mais controle e menos surpresas.
O processo envolve ajustar catálogo, testar páginas, revisar logística, aquecer a base de clientes, criar expectativas e garantir que a mensagem esteja clara em todos os canais.
Quando a preparação é contínua, o evento deixa de ser caótico e vira previsível — o que aumenta a chance de bons resultados.
Checklist para se preparar para a Black Friday 2025
A preparação para a Black Friday cria o alicerce que separa campanhas bem-sucedidas de operações que travam no meio do caminho.
Um checklist claro ajuda o negócio a entrar no período com previsibilidade e segurança. Veja nosso checklists para te ajudar a se preparar para a Black Friday:
1. Revisão de estoque
A análise começa pelo estoque, porque ele dita quais produtos entram em promoção sem comprometer o caixa. O negócio mapeia os itens com maior procura, identifica peças estratégicas para kits e revisa itens parados que podem gerar liquidez. Essa visão evita campanhas que prometem o que a operação não consegue entregar e cria equilíbrio entre giro e margem.
2. Análise de margens
O cálculo de margens mostra até onde o desconto pode ir sem comprometer a saúde financeira. A empresa revisa custo real, impostos e possíveis taxas extras do período. Esse processo impede decisões movidas só por “esquenta” de concorrentes e cria faixas de preço sustentáveis para produtos com maior ou menor elasticidade de demanda.
3. Logística e prazos
A logística passa por uma revisão completa: fluxo de separação, embalagem, disponibilidade de insumos e tempo médio de envio. Simulações ajudam a prever gargalos, principalmente em negócios que trabalham com grande volume em um curto espaço de tempo. Esse cuidado protege a reputação da marca e reduz pedidos atrasados — um dos maiores motivos de reclamações pós-Black Friday.
4. Atendimento ao cliente
O atendimento precisa estar afiado para lidar com o aumento no volume de mensagens. A equipe passa por treinamento, recebe material com respostas rápidas e fluxo de direcionamento para trocas e devoluções. Quanto mais claro o protocolo, menor o tempo de espera do cliente e maior a satisfação. Empresas que atendem bem nesse período costumam converter compradores pontuais em clientes recorrentes.
5. Tecnologia
A parte técnica exige atenção: o site deve suportar tráfego elevado, o carrinho precisa funcionar sem travamentos e o checkout deve estar livre de etapas desnecessárias. Testes de estresse, análise de integrações com gateways de pagamento e revisão de políticas antifraude criam uma jornada mais fluida e reduzem abandonos no processo de compra.
6. Comunicação e marketing
A construção da campanha envolve identidade visual, textos otimizados, estratégia de conteúdo e cronograma de postagens. A Black Friday não acontece só na semana final; aquecer a audiência antes do evento cria desejo, reconhecimento e memorização da marca. O storytelling tem papel central nessa etapa, já que apresenta os motivos da campanha e cria contexto para os descontos.
7. Estratégia de aquisição
O planejamento de mídia define como o negócio atrai clientes durante o período. A empresa estabelece investimento, segmentações, criativos e etapas do funil. Ajustes são feitos com base nos resultados dos “esquentas”, permitindo otimizar anúncios no período em que o custo por clique sobe.
8. Preparação da equipe e contratação temporária
A demanda maior exige uma equipe bem distribuída. A empresa avalia se o time atual dá conta da operação e, quando necessário, contrata reforços temporários para logística, atendimento e suporte geral. A integração desses profissionais deve ocorrer com antecedência para evitar falhas nos dias de maior volume. Quanto mais alinhados todos estiverem — do estoque ao pós-venda — mais consistente será a experiência do cliente.
9. Planejamento de pós-venda
O pós-venda fecha o ciclo da Black Friday, mas também abre espaço para transformá-la em crescimento duradouro. A marca define como será o contato com clientes que compraram no período, prepara campanhas de recompra e cria estímulos para fidelização. Essa etapa evita o “sumiço” pós-evento e reforça a continuidade da relação.
Como se preparar para o pós Black Friday?
Quem passa pela Black Friday sem um plano de continuidade acaba deixando dinheiro na mesa. O pós-evento vira aquele momento decisivo em que o empreendedor entende o que funcionou, corrige o que travou e transforma compradores ocasionais em relações duradouras. Esse período tende a revelar gargalos de operação, oportunidades de melhoria e insights sobre comportamento do público que não aparecem no calor da campanha.
Vale revisar métricas de tráfego e vendas, checar se os descontos entregaram o retorno esperado, mapear produtos que surpreenderam e observar aqueles que ficaram parados. A equipe pode retomar contato com quem comprou, enviar pesquisas rápidas, ativar ações de remarketing, reforçar programas de fidelidade e empurrar o cliente para a próxima compra sem parecer invasivo.
Atualizar o estoque, alinhar fornecedores, organizar o calendário promocional dos meses seguintes e registrar aprendizados deixa a marca pronta para escalar com mais segurança — e com menos improviso — no próximo ciclo.
Dicas para vender mais na Black Friday
1. Criar ofertas inteligentes
Combos, kits, produtos de entrada e curadorias facilitam a decisão do cliente e aumentam ticket médio com conforto.
2. Trabalhar escassez com responsabilidade
Estoque limitado, brindes exclusivos e ativações temporárias geram movimento, desde que a promessa seja real.
3. Reforçar o storytelling
Mostrar bastidores, explicar o motivo da promoção, apresentar produtos de forma humana e contextualizada abre espaço para conexão.
4. Otimizar páginas de produto
Fotos boas, descrições claras, reviews e informações completas reduzem dúvidas e aceleram conversão.
5. Aquecer a base antes do evento
Quem já acompanha a marca tende a comprar mais rápido quando recebe vantagens antecipadas.
6. Usar criativos que conversam com o público
Humor, narrativas rápidas, comparativos e provas sociais fortalecem anúncios e posts.
A Uma Penca listou mais 10 dicas para você vender mais na Black Friday. Clique e confira!
Principais erros que você deve evitar na Black Friday
1. Oferecer descontos sem calcular margem
Reduzir preço no impulso costuma virar prejuízo quando a empresa não entende o impacto do desconto.
2. Ignorar capacidade operacional
Uma promoção bem-sucedida pode virar desastre quando o negócio não consegue entregar no prazo prometido.
3. Trabalhar campanhas sem testes prévios
Criativos, páginas e anúncios precisam ser validados antes do evento para evitar desperdício de verba.
4. Esquecer o pós-venda
Sumir depois da compra enfraquece a marca e elimina chance de recompra.
5. Tentar copiar concorrentes
Cada negócio tem custo, público e posicionamento diferentes. Seguir estratégias alheias costuma resultar em frustração.
6. Colocar todo o catálogo em promoção
Essa prática enfraquece a percepção de valor e limita lançamentos futuros. Curadoria vence volume.
7. Não preparar atendimento
Mensagens atrasadas, informações confusas e suporte lento derrubam reputação rapidamente.
Quer se preparar ainda mais para construir a Black Friday perfeita para o seu negócio? Então confira a nossa lista com mais 14 erros que você deve evitar na Black Friday.
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